quinta-feira, 8 de abril de 2010

Deslizamento em área construída sobre um aterro sanitário


(foto de Marcelo Martins, morador do morro)


Mais um "acidente NATURAL premeditado". 


Essa notícia abaixo esta no site http://br.noticias.yahoo.com/s/08042010/83/morro-bumba-abrigou-ate-1986-segundo.html . 
Minha pergunta é: porque deixar a população a um nível de desespero tão grande que faça com que se construa casas sobre um lixão? Não tenho a resposta. Duvido muito que alguém tenha. Só nos resta lamentar e orar que essa situação mude. De certeza, eu sei que ela mudará, quando Jesus voltar!




"RIO - O local onde aconteceu o deslizamento de terra no Morro do Bumba, em Niterói, abrigou, de 1970 até 1986, o segundo lixão de Niterói, no bairro Viçoso Jardim. O primeiro funcionou durante muitos anos no aterrado São Lourenço, no bairro do mesmo nome, hoje totalmente urbanizado. A cor preta do solo que deslizou é resultado da decomposição do lixo. A região não é muito íngreme.

Com o saturamento do lixão, no final do governo de Wellington Moreira Franco, a prefeitura ficou sem opção para dar destino final ao lixo da cidade. A primeira tentativa foi de levar os detritos para o aterro sanitário do Engenho Pequeno, em São Gonçalo, onde a prefeitura niteroiense chegou a investir, na época R$ 600 mil.
A comunidade local, no entanto, reagiu, e, durante dois anos, Niterói levou seu lixo para o aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias.
Com a desativação do lixão no Morro do Bumba, foi proibida a ocupação do local, no governo Waldernir Bragança, mas aos poucos, por falta de fiscalização, foram construídas pequenas casas de alvenaria.
Em vez de reprimir a ocupação irregular do antigo lixão, o poder público acabou por incentivar a invasão. Foi no Morro do Bumba que a Cedae, no governo Leonel Brizola, fez sua primeira grande obra de saneamento em Niterói, levando para o local, de helicóptero, uma grande caixa de água para atender aos moradores. Logo depois, Brizola (que é nome de rua no local), levou para o Bumba o programa Uma Luz na Escuridão. Mais tarde, a prefeitura construiu uma escola municipal e levou para a comunidade o programa Médico de Família. O local ganhou uma grande quara poliesportiva, uma creche e outros equipamentos públicos.
As grandes favelas de Niterói surgiram e cresceram em áreas públicas. É o caso dos Morros do Estado, do Cavalão, do Preventório e da Favela do Sabão. Na década de 90, o então prefeito João Sampaio desapropriou uma área em frente ao Morro do Bumba para instalar ali o novo aterro sanitário de Niterói. O local, contudo, foi invadido e hoje é uma favela de casas de alvenaria.
Atualmente, o lixo da cidade é depositado no Morro do Céu, próximo ao local onde ocorreu o deslizamento. O aterro, no alto de um morro, foi construído sob protesto de ambientalistas e foi alvo de várias ações na Justiça. Antes de ser controlado, o aterro atraiu muitos catadores, que acabaram invadindo áreas próximas para construir suas casas,
inclusive no Morro do Bumba.
Completamente urbanizado, o município de Niterói enfrenta, desde a década de 70, quando a população era bem menor, um grande problema: um local apropriado para depositar seu lixo. Com o aterro sanitário do Morro do Céu praticamente saturado, a opção é levar o lixo para o aterro sanitário metropolitano que está sendo construído em Itaboraí para receber o lixo de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Mas já existem reações de moradores da cidade contra a instalação do aterro no município."




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